O Capitalismo Industrial



Um motor a vapor de Watt, o motor a vapor, alimentado principalmente com carvão, impulsionou a Revolução Industrial no Reino Unido e no mundo.


MANTOUX, Paul. Revolução Industrial. Capítulo II: O capitalismo industrial

Resumo: Este capítulo fala sobre a formação do capitalismo industrial; é importante ressaltar que o capitalismo já existia como acumulação pura e simples de capital e a revolução industrial foi apenas um gatilho para o aumento da acumulação do capital e a ampliação do capitalismo. O capítulo disserta sobre a origem do manufatureiro (dono da fábrica) que teve sua origem no campo (famílias tradicionais camponesas); diz também da origem da mão-de-obra (mais variada possível: camponeses, mendigos, soldados licenciados, etc.) e encerra com o problema do mercado exportador. Alguns industriais apoiavam as artes e as ciências, pois viam nas artes status e nas ciências tecnologia para aplicar nas indústrias e aumentar os lucros. O capítulo encerra com os burgueses industriais entrando para a vida política para defender seus ambiciosos interesses.

Citações

1- “Somente por um singular desconhecimento da história buscar-se-ia na revolução industrial as origens do capitalismo.” (P.368)


2- “(...) a maioria deles [manufatureiros] vinha do campo; eles saíam da classe meio agrícola, meio industrial, que até então constituíra parte considerável, talvez a maioria, da população inglesa.” (P.374)


3- “Era preciso, inicialmente, reunir o capital necessário: eram exceções aqueles que não precisaram pedi-lo a comanditários, como Mathew Boulton ou Roebuck, filhos de fabricantes já ricos.” (P. 379)


4- “Estando resolvidas as questões do capital e do equipamento, colocava-se a da mão-de-obra. Onde recrutá-la? (...). O pessoal das fábricas foi, a princípio, composto pelos elementos mais díspares: camponeses expulsos de suas aldeias pela expansão das grandes propriedades, soldados licenciados, indigentes a cargo das paróquias e refugos de todas as classes e de todos os ofícios. (P.380)

Comentários

A revolução industrial foi apenas um gatilho para se ampliar o modo capitalista de produção de bens duráveis e não duráveis; é interessante observarmos que tanto os operários quanto os burgueses industriais ajuntaram-se em associações e sindicatos, mas apenas estes conseguiam o que reivindicavam; aos proletariados restavam longas horas de trabalho, baixos salários, péssimas condições de trabalho, etc.


A partir da revolução industrial houve um aumento catastrófico nos índices de emissões de gases poluentes na atmosfera um dos piores legados da modernidade.
A Inglaterra tinha um sistema político que permitia que classes de pessoas peticionassem junto ao parlamento. Os industriais fizeram isso muito bem, pois, conseguiam mudar legislações antigas para favorecer-lhes. Outro ponto interessante do capítulo é que alguns industriais apoiavam (patrocinavam) as artes e a ciência, pois viam nisso status e tecnologia para suas fabricas.


Os industriais ao entrarem na política começaram a cunhar o que posteriormente ficaria conhecido como liberalismo: quando o governo não interfere na economia, economia de livre comercio.


A classe operária também fará reivindicações ao parlamento principalmente com a invenção e utilização das máquinas nas indústrias que demitiam milhares de trabalhadores como veremos no capítulo seguinte.

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