TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO
Tecnologia e Educação
Muitos são os benefícios da tecnologia no campo da educação,
como por exemplo, maior acesso à informação, aprendizagem personalizada,
recursos multimídias, maior interatividade com o conteúdo e com os professores,
educação à distância e várias ferramentas de avaliação. No entanto, é preciso
fazer uma distinção no uso da tecnologia nas diferentes etapas da educação.
A tecnologia no ensino superior
O estudante do ensino superior, teoricamente, possui mais
autonomia para estudar por conta própria. Por isso, a lei permite a existência
de vários cursos superiores 100% digitais ou no formato híbrido.
A tecnologia no Ensino Básico
No ensino médio, a lei permite que parte seja feita em ambiente
virtual. Pensamos que é possível, visto que o aluno nessa etapa da educação
também possui certo grau de autonomia.
No ensino fundamental II, a legislação vigente determina que as
aulas sejam presenciais, mas consideramos que os alunos dessa etapa – já alfabetizados
– podem aprender em ambiente virtual, por isso, propomos um modelo de ensino
híbrido. Com essa modalidade, seria possível aproveitar os recursos da
tecnologia, reduzir o número de estudantes por sala de aula, além de prevenir
conflitos e bullying.
Acreditamos que o ensino fundamental I requer a presença física
dos alunos na escola, pois eles precisam aprender a ler, escrever e conviver
com os outros. As experiências de ensino remoto durante a pandemia da covid-19
(2020 -2022) mostraram que esse modelo não favoreceu o desenvolvimento dos
alunos nessa etapa.
Por isso, o uso da tecnologia na educação é benéfico, mas não em
todas as etapas. No Ensino Superior, no Ensino Médio e no Ensino Fundamental II
é possível um ensino híbrido. A tecnologia não é uma solução mágica para a
educação, mas sim um recurso complementar que deve ser usado com
critério e planejamento.
Tecnologia e Democratização do ensino
A primeira vista, a tecnologia democratiza o ensino, pois
qualquer pessoa pode acessar a internet, mas se analisarmos melhor não é bem
assim. Para o aluno estudar pela internet, primeiro, é necessário que ele
esteja alfabetizado, pagar um plano de internet, ter um computador ou celular e
ser autônomo (conseguir estudar por conta própria). Ora, a pandemia da covid
forçou as pessoas a estudarem pela internet e, também, provou que não são todas
as pessoas que têm condições financeiras de comprar os aparelhos (PC e
internet) para estudar. Além disso, muitos alunos enfrentam dificuldades de
adaptação ao ensino online, que requer mais disciplina, organização e
motivação. Portanto, a tecnologia não é uma solução mágica para a educação, mas
sim um recurso complementar que deve ser usado com critério e planejamento.
A tecnologia pode ser uma ferramenta poderosa para a educação,
mas também apresenta desafios e limitações. Em suma, o uso da tecnologia na
educação é benéfico, mas não em todas as etapas. No Ensino Superior, no Ensino
Médio e no Ensino Fundamental II é possível um ensino híbrido, que combina
atividades presenciais e online, aproveitando os recursos digitais para ampliar
o aprendizado. No entanto, nas etapas iniciais da educação, como a
alfabetização e o Ensino Fundamental I, o contato direto com o professor e com
os colegas é essencial para o desenvolvimento cognitivo e socioemocional dos
alunos.
Uma das consequências da desigualdade social no Brasil é a
diferença de oportunidades educacionais entre as classes sociais. As famílias
mais ricas podem oferecer aos seus filhos um ambiente favorável ao
desenvolvimento e à aprendizagem, enquanto as famílias mais pobres enfrentam
dificuldades para garantir o acesso e a permanência dos filhos na escola. Por
isso, após a pandemia, o governo decidiu retomar as aulas presenciais, alegando
que isso traria benefícios não só para os estudantes, mas também para a
economia do país. Segundo o governo, o ensino presencial:
• Estimula o consumo de alimentos (merenda
escolares)
• Estimula o uso de transporte (transporte
escolar)
• Estimula o consumo de combustíveis
• Estimula o comércio de material escolar
• Gera empregos para profissionais (professores, cozinheiros, faxineiros, seguranças, etc)
A
tecnologia é um recurso que ajuda os alunos a aprender, mas não substitui o
papel do professor em sala de aula. A internet é um meio de ampliar os
conhecimentos e de realizar as atividades propostas, mas não é a fonte
principal de ensino. A educação formal ainda depende dos métodos
tradicionais que são usados há séculos.
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