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MONTESQUIEU: Cartas Persas

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MONTESQUIEU. “ Cartas Persas ”. Cartas 38, 65, 66, 67, 74, 75, 76, 77, 81, 82, 87 e 116. Resumo As “Cartas Persas” é uma compilação de textos do filósofo francês Barão de Montesquieu escritos de 1711 a 1720 e publicados anonimamente em 1721. Por meio desta narrativa, critica a sociedade, os costumes, as instituições políticas e os abusos da Igreja e do Estado na França e Europa da época. Montesquieu tem um tom relativista, pois relativiza os valores de uma civilização pela comparação com os de outra muito diferente. Verdadeiro manual do Iluminismo, foi uma das obras mais lidas no século XVIII. Comentários e Citações O assunto da carta 38 é sobre as mulheres: “Uma grande questão divide os homens: saber se é mais vantajoso deixar as mulheres livres ou privá-las da liberdade.” É interessante observarmos que no século XVIII já era discutida a questão da liberdade da mulher e juntamente o assunto do divórcio. O que, hoje, parece-nos trivial – liberdade feminina e divórcio – naquela época

Burgueses X Proletariados

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MANTOUX, Paul. Revolução Industrial. Capítulo III: A Revolução Industrial e a Classe Operária Resumo Este capítulo trata especificamente dos proletariados, como eles reagiram ao surgimento de novas máquinas na linha de produção e como eram as condições de trabalho no interior das grandes indústrias. Citações 1- “Conhecemos os sentimentos de desconfiança e cólera provocados, entre os operários, pelo aparecimento do maquinismo. Sua luta contra as máquinas e, em geral, contra todas as inovações técnicas é o episódio mais conhecido de toda essa história.” 2- “A repressão foi rápida e enérgica: as tropas enviadas de Liverpool dispersaram sem dificuldade os revoltosos. Alguns foram presos, processados diante do grande júri do condado e condenados à forca.” 3- “Aos protestos contra a máquina se misturava a raiva contra a fábrica. A repulsa que ela inspirava é facilmente compreensível. Para o operário habituado ao trabalho a domicílio ou ao trabalho da pequena oficina, a disciplina da fábri

O Capitalismo Industrial

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Um motor a vapor de Watt, o motor a vapor, alimentado principalmente com carvão, impulsionou a Revolução Industrial no Reino Unido e no mundo. MANTOUX, Paul. Revolução Industrial. Capítulo II: O capitalismo industrial Resumo: Este capítulo fala sobre a formação do capitalismo industrial; é importante ressaltar que o capitalismo já existia como acumulação pura e simples de capital e a revolução industrial foi apenas um gatilho para o aumento da acumulação do capital e a ampliação do capitalismo. O capítulo disserta sobre a origem do manufatureiro (dono da fábrica) que teve sua origem no campo (famílias tradicionais camponesas); diz também da origem da mão-de-obra (mais variada possível: camponeses, mendigos, soldados licenciados, etc.) e encerra com o problema do mercado exportador. Alguns industriais apoiavam as artes e as ciências, pois viam nas artes status e nas ciências tecnologia para aplicar nas indústrias e aumentar os lucros. O capítulo encerra com os burgueses industriais ent

Fichamentos de Sociologia

FICHAMENTO: Formação da Sociologia como ciência autônoma MARTINS, Carlos Benedito. O QUE É SOCIOLOGIA. 38ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1994. (Coleção primeiros passos). Resumo: Este segundo capítulo – “A Formação” – trata da referida formação da Sociologia como ciência autônoma; diz da contribuição de vários filósofos e pensadores como Edmund Burke (1729-1797), Saint-Simon (1760-1825), Auguste Comte (1798-1857), Emile Durkheim (1858-1917), Marx (1818-1883), Engels (1850-1903) e Max Weber (1864-1920); estes pensadores e sociólogos são clássicos; cada qual a sua maneira contribuiu a formação da ciência social. Citações: 1- “Os conservadores, que foram chamados de ‘profetas do passado’, construíram suas obras contra a herança dos filósofos iluministas” (P.36) 2- “Saint-Simon tem sido geralmente considerado o ‘mais eloqüente dos profetas da burguesia’, um grande entusiasta da sociedade industrial” (P.41) 3- “A motivação da obra de Comte repousa no estado de ‘anarquia’ e de desordem’ de

Fichamentos de Sociologia

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FICHAMENTO MARTINS, Carlos Benedito. O QUE É SOCIOLOGIA. 38ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1994. (Coleção primeiros passos). Resumo: Essa obra tem caráter introdutório referente ao conhecimento sociológico; a introdução traz respostas bem pontuais sobre o que é a sociologia como, por exemplo, “a expressão teórica dos movimentos revolucionários”. O capítulo primeiro - “o surgimento” - trata do surgimento da sociologia como disciplina científica; diz sobre a Revolução Industrial e a Revolução Francesa que foram os marcos centrais do surgimento da mesma e, também, o iluminismo. Ao citar estas duas revoluções o autor faz um apanhado histórico desses dois momentos e cita obras de autores importantes da época como Marx e Alexis de Tocqueville. Citações: 1- “Este livro parte do princípio de que a sociologia é o resultado de uma tentativa de compreensão de situações sociais radicalmente novas, criadas pela então nascente sociedade capitalista” (P.8) 2- “A palavra sociologia apareceria somente

BACON E A CIÊNCIA

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(Londres, 22 de Janeiro de 1561 — Londres, 9 de abril de 1626) Bacon continua o livro falando da divisão da FILOSOFIA que é DIVINA, NATURA e HUMANA. No que toca a filosofia divina - Bacon- não vê grandes falhas somente chama a atenção para os excessos de fantasias e recomenda não misturar o conhecimento teológico do filosófico. Por sua vez, a FILOSOFIA NATURAL divide-se em ESPECULATIVA, OPERATIVA e RELATÓRIO DE PESQUISA. A filosofia especulativa divide-se em FÍSICA e METAFÍSICA, esta divide-se em MATEMÁTICA que divide-se em matemática MISTA e PURA. A parte OPERATIVA divide-se em 3 partes: EXPERIMENTAL, FILOSÓFICA e MÁGICA. E, por fim, os relatórios de pesquisa que servem para registrar as DÚVIDAS e as AFIRMAÇÕES; as dúvidas são de 2 tipos: PARTICULARES e GERAIS. A FILOSOFIA HUMANA é dividida em 2 partes a PARTICULAR (estuda o homem isoladamente), e a CONJUGADA (estuda o homem em sociedade). A filosofia humana particular diz que o homem é CORPO e MENTE; o corpo possuem as qualidade

BACON E A CIÊNCIA

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(Londres, 22 de Janeiro de 1561 — Londres, 9 de abril de 1626) No capítulo VI, Bacon, fala sobre a dignidade do conhecimento com exemplos divinos . A figura bíblica que o autor mais admira é Salomão o escritor dos 150 Salmos; Salomão chama a atenção de Bacon pela sua imensa sabedoria. No capítulo VII Francis Bacon fala sobre a dignidade do conhecimento com exemplos humanos; o autor separa o conhecimento filosófico do conhecimento teológico e isso é bom para o conhecimento. Bacon tem vários exemplos de homens que foram sábios e possuiam um grande conhecimento, os dois grandes exemplos são Alexandre, o grande e Júlio Cesar; os Estados são mais felizes e bem administrados quando possuem principes cultos ou principes que promovem o desenvolvimento do conhecimento . Entre os governantes que promovem o desenvolvimento do conhecimento, mas que não possuem formação formal e intelectual temos o exemplo atual do presidente Luiz Inácio Lula da Silva : a pesar de não possuir diploma unive

BACON E A CIÊNCIA

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(Londres, 22 de Janeiro de 1561 — Londres, 9 de abril de 1626) Francis Bacon começa o livro: “Da Proficiência e o Avanço do Conhecimento Divino e Humano”, com uma dedicatória ao Rei Jaime I; o livro é dividido em 2 partes , na primeira parte, Bacon rebate as críticas feita ao conhecimento pelos Eclesiásticos, Políticos e os próprios Eruditos ; ainda na primeira parte da obra ele fala da dignidade do conhecimento citando exemplos Divinos e Humanos e termina a primeira parte deste magnífico livro falando dos benefícios que o conhecimento trás àqueles que se dedicam a estudá-lo. Os Eclesiásticos (padres) diziam que o conhecimento “é uma daquelas coisas que deve ser aceita com grande limitação e cautela; que a aspiração a demasiado conhecimento foi a tentação e o pecado originais que resultaram na queda do homem”, que os eruditos eram fundadores de heresias, que o conhecimento entristece o homem. Bacon responde dizendo que o “conhecimento arrogante do bem e do mal, com intenção humana

FiLoSoFiA Da CiÊnCia

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(Londres, 22 de Janeiro de 1561 — Londres, 9 de abril de 1626) Publicado em 1605, Francis Bacon – Da Proficiência e o Avanço do Conhecimento Divino e Humano , escrito pelo célebre filósofo, político, estadista e ensaísta inglês, estabelecia as bases para uma reforma radical do conhecimento, tendo como objetivo o progresso social . A obra mapeia o estado da ciência da época e aponta obstáculos que precisavam ser removidos para garantir seu avanço. Bacon aponta o poder de intervenção na Natureza para explorar suas possibilidades como o melhor caminho para o desenvolvimento . Na época, o conhecimento não era considerado algo que progredisse com o passar do tempo. Acreditava-se que aquilo que existia para ser conhecido já havia sido escrito pelos autores clássicos da Antiguidade. Com base na história do desenvolvimento técnico, ele defendeu a ideia de que o avanço do conhecimento científico depende do desenvolvimento de instrumentos e da conju

FiLoSoFiA Da CiÊnCia

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Francis Bacon (Londres, 22 de Janeiro de 1561 — Londres, 9 de abril de 1626) Lord Francis Bacon , nasceu em 1561 e a história registra sua morte em 1626. Político, filósofo e ensaísta inglês, barão de Verulam , visconde de Saint Alban. É considerado como o fundador da ciência moderna. Destacou-se com uma obra onde a ciência era exaltada como benéfica para o homem. Em suas investigações, ocupou-se especialmente da metodologia científica e do empirismo, sendo muitas vezes chamado de "fundador da ciência moderna" . Sua principal obra filosófica é o "Novum Organum". Especula-se, no entanto, a probabilidade de que seu funeral foi fake.Deixando Inglaterra, ele teria vivido por muitos anos, sob outro nome, na Alemanha, onde serviu fielmente a Escola Rosacruz, a partir da promulgação de suas doutrinas as quais ele havia consagrado sua vida. Também especula-se que Lord Bacon foi filho ilegítimo da rainha Elizabeth com o Conde de Leicester.

O QUE É FILOSOFIA?

Confira esses vídeos sobre Filosofia; ótimo para iniciantes e para quem já está avançado no conhecimento filosófico. A maioria dos vídeos é narrado pelo filósofo Paulo Ghiraldelli Jr. Nesta primeira fase colocarei os vídeos sobre introdução à filosofia, depois as escolas filosoficas tardias, Filosofia Médieval, Moderna e por fim Contemporânea. "Desbanalizar o banal" é o principal conceito cunhado pelo autor dos vídeos. Apreciem...

COMO AS HIDRELÉTRICAS BRASILIERAS INFLUÊNCIAM NO AQUECIMENTO GLOBAL

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Por Darley Bernardes de Souza AQUECIMENTO GLOBAL Num espaço de poucos anos, a mudança global do clima revelou-se um sério problema científico e político. O homem polui o planeta de várias formas e essa poluição gera vários problemas tanto ambientais quanto de saúde pública. Como causa principal, de modo especial no Brasil, temos a questão do desmatamento da floresta amazônica e o caso das hidrelétricas, que é nosso foco principal. 1.1 MADEIREIROS, FAZENDEIROS E SOJICULTORES NA AMAZÔNIA O atual modelo de exploração da Amazônia é “desprezado” pelas autoridades públicas brasileiras. Este modelo começa com a apropriação indevida de terras públicas devolutas; os madeireiros chegam primeiro e abrem estradas clandestinas e retiram as àrvores de valor comercial e, após, exploram durante anos a área, quando se esgota os recursos, invade outra área e continua o processo. No segundo momento os fazendeiros colocam fogo n oresto de floresta que sobra para plantar pasto no qual o gado se alimen

COMO AS HIDRELÉTRICAS BRASILIERAS INFLUÊNCIAM NO AQUECIMENTO GLOBAL

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Por Darley Bernardes de Souza RESUMO: Este artigo contém as causa já conhecidas das emissões de gases do efeito estufa, mas enfatiza uma causa pouco divulgada, que é a gerada pelas hidrelétricas brasileiras quando construídas em áreas florestadas. As usinas hidrelétricas não são tão inofensivas quanto se pensava, elas liberam mais gases responsáveis pelo efeito estufa do que as usinas de produção de energia elétrica a partir do carvão. As emissões de gases incluem o gás metano (CH 4 ), que tem maior poder de reter calor. As árvores que são alagadas pelo represamento se decompõem o gás na água, quando essa água passa pelas turbinas ele é liberado no ar agravando o aquecimento global. PALAVRAS-CHAVE: Aquecimento global. Efeito Estufa. Hidrelétrica. Metano. ABSTRACT This article contains the already known because of emissions of greenhouse gases, but it underscores a little known cause, which is generated by hydroelectric plants in Brazil when built in forested areas. Hydropower pl

Proclo: a última voz original da Antiguidade Pagã

Proclo , neoplatônico , é considerado a última voz original da filosofia pagã antiga; ele nasceu em Constantinopla no ano de 410 d. C e morreu 485 d. C. Destacou-se por se aprofundar nas leis que governam a processão da realidade . Proclo acreditava que para todas as coisas existiam uma lei ontológica que consiste em três momentos: 1º “manência” ( moné); 2º “processão” (próodos); 3º “retorno” (epistrophé). Estes momentos valem não somente para o geral, mas também para os particulares. Se analisarmos estes três momentos, eles regem toda a vida dos homens e dos animais: acreditamos que viemos de algum lugar (permanecíamos contemplando algo), depois nascemos e viemos pra a terra e, por fim, retornaremos de onde saímos. O cristianismo, numa leitura do neoplatonismo, afirma que viemos da Deus, aqui na terra fazemos a sua vontade e ao morrermos retornamos para o Pai. Em 529 d.C. o imperador Justiniano proibiu os pagãos de fazer qualquer ofício público, manter escolas e ensinar. Esse fo

PLOTINO

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Plotino (205 d.C – 270 d.C), foi um filósofo neoplatônico, mas manteve sua originalidade. Ele abriu sua escola em Roma, mas, a princípio, não publicou trabalho algum por causa de uma promessa feita com seus dois colegas Erênio e Orígenes, mas posteriormente quebraram esse pacto e começaram a publicar. Cornelius Castoriadis – filósofo contemporâneo – diz que um filósofo escreve e publica, porque crê que tem coisas verdadeiras e importantes a dizer, mas, também, porque quer ser discutido e, ser discutido implica a possibilidade se ser criticado e, eventualmente, refutado. É de se observar que para ser filósofo o homem tem que expor seu pensamento e não ter meso de ser criticado, por isso é filósofo. Plotino concebe o Uno-Bem como sendo algo “acima do ser”, acima da inteligência e acima da vida; o Uno é infinito. Ele também utiliza o termo “ Bem ” como sendo Bem-em-si (semelhante a Platão). Plotino tem um pensamento de que o uno se “autocoloca” é o “Bem que se cria a si mesmo”. Se an

O PODER PAPAL EM GUILHERME DE OCKHAM

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Capítulo 3: Crítica do Poder Papal em Guilherme de Ockham O franciscano Guilherme de Ockham foi condenado como herege por contestar ferrenhamente o excesso de poder Papal, tendo que, em 1328, exilar-se junto de Ludovico, o Bávaro, em Munique. No prólogo do livro: “Brevilóquio sobre o Principado Tirânico” , Ockham expressa sua profunda angústia em relação à falta de questionamento e ao medo da tirania dos Pontífices Romanos: (Guilherme de Ockham) “Aflijo-me com não menor angústia porque não procurais inquirir quão contrário à honra divina é este principado tirânico usurpado de vós iniquamente, embora seja tão perigoso à fé Católica, tão oposto aos direitos e liberdade que Deus e a natureza vos concederam; e, o que é mais lamentável, recusais, confundis e julgais os que tencionam informar- vos da verdade ” (OCKHAM, p.27: 1988, grifo meu) Na citação acima podemos perceber que no tempo de Ockham a sociedade encarava como normal os ditos e não ditos Papais, pois tinham medo da condenação di